the dance




E nessa dança cuja melodia era composta pelo ritmo acelerado dos nossos corações, sintonizados pela mesma intensidade de desejo, acompanhando nossos corpos incansáveis,  os lábios que se unem, nossos olhares se encontrando e implorando secretamente por mais... Algo intimamente nosso, não pertencia a mais ninguém aquele momento. Era nossa dança, silenciosa, escandalosa, de forma que só nós saberíamos reproduzir. Nos completávamos, com uma necessidade tão grande de preencher aquela vontade de tomarmos-nos aos braços e tornarmos um só, de esquecer de tudo ao nosso redor e deixar fluir em uma viagem longa.. Era tudo o que importava, a demonstração do mais puro amor, do mais puro cuidar e ter. Era praticar a malícia com inocência.
Era a entrega, era confiar, era valorizar cada toque; examinar cada expressão e reação, era aproveitar, re-descobrir e inventar, sentir profundamente. Era único, tudo parecia novidade. Doar-se de corpo e alma, deixar a pele arrepiar de prazer, tremer de satisfação, viciar naquele cheiro e exaurir as forças deixando marcas até aquele calor dominar ambos, aquela voz ofegante sussurrando ao ouvido. Dançaríamos até o dia acabar, amanhecer, anoitecer. Deixe que a lua nos ilumine enquanto isso, deixe que o sol nos aqueça no nosso frenesi, deixe que o tempo pare enquanto estivermos só nós dois, deixe os corpos interagirem no mesmo tom, alcançarem o mesmo timbre,  até a música acabar. E não teria fim, apenas pausas, abrindo espaço para a saudade novamente. Despedindo-se com beijos, aguardando ansiosamente pelo próximo abraço, onde tudo se repetiria outra vez.


Era a nossa dança. Nossa dança de dois, nossa dança infinita, nossa dança da nossa música e do nosso amor. Você é meu parceiro eternamente nessa dança. 



Dança comigo?

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